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Nova lei francesa restringe celular na escola, mas passa a permitir o uso pedagógico do dispositivo, antes proibido

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A notícia de que a França proibiu o uso de telefones celulares em todos os espaços escolares do ensino básico público deve ser vista com cautela e atenção. A lei diz  que, quando começar o novo ano escolar, em setembro, todos os estudantes entre 6 e 15 anos serão privados de acesso a seus dispositivos conectados à internet dentro das escolas públicas. O texto determina ainda que, no nível secundário, poderá ser adotada igual restrição, dependendo da direção de cada escola.

É preciso ficar claro, no entanto, que a nova lei estabelece exceções à proibição. Uma exceção diz respeito aos alunos com deficiências e a outra se refere exatamente ao uso pedagógico dos equipamentos – que passa a ser permitido, inclusive em atividades de estudos fora da escola. Hoje, os celulares são proibidos em todas as salas de aula, de todos os níveis, para qualquer tipo de uso.

“Essa ressalva demonstra o reconhecimento de que a tecnologia pode ter um impacto positivo na aprendizagem e pode gerar mais qualidade à educação, se utilizada adequadamente”, comenta Lúcia Dellagnelo, diretora-presidente do CIEB. O próprio ministro de Educação da França Jean-Michel Blanquer, declarou à imprensa que a lei faz uma “abordagem moderna das tecnologias, caracterizada pelo discernimento”.

A lei que proíbe o uso de celular na escola foi aprovada, dia 30 de julho, por 62 votos a 1. Porém, os representantes dos partidos oposição, contrários à proibição, se abstiveram de votar.

 

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